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Dose Dupla #4 Não repara na bagunça

Atualizado: 4 de jul. de 2020


"Não repara na bagunça” é uma das primeiras frases que falamos para alguém que visita nossa casa pela primeira vez.


É um misto quente de “foi mal, poderia ter ajeitado para te receber” com um pouco de “sim, eu arrumei tudo, mas não sei como você é com limpeza” e uma pitada de “as coisas são como são, fazer o quê?”. Na verdade, com o isolamento físico muito raramente precisamos antecipar esse pedido de desculpas. E a casa, aquele ambiente de passagem, ou de sala de visita, se ressignificou em um espaço para viver.


Na live da quinta-feira, 11 de junho, conversamos com a criadora do projeto @casahistoriaseafeto e apresentamos livros e histórias de pessoas que trabalharam com o tema casa.


Aqui a live na íntegra:



1_Biblioteca


_Tatuí/94, de Rafaela Jemmene

livro de artista

por Mayara Maluceli


O livro de artista Tatuí/94 de Rafaela Jemmene é uma obra bastante convidativa.

Feita toda manualmente, a publicação traz fotos e textos sobre o contexto de “espaço”.


“O espaço deve ser vivido, deve ser ouvido, não somente ser contemplado”.

Lucas Garofalo


“O que diferencia um espaço especial de outro que não é?”


“A memória traz fragmentos de espaços”


E são justamente fragmentos de espaços que Rafaela reproduz nas fotografias.

São imagens produzidas em uma casa que estava com os dias contados, prestes a ser demolida.


As fotos são fragmentos dessa casa. Não a conhecemos por completo, não sabemos a dimensão desse lugar. Parece grande, mas parece ter sido sufocado por outras construções maiores que ele, por isso a luz caminha em feixes. Falta céu, para vê-lo é preciso olhar para o alto.


São nove fotos no total que dizem muito sobre a ideia de “abandono” de lugares desocupados, e nos faz refletir sobre a questão de tantos espaços vazios na cidade. Em 2018, o número de imóveis abandonados na cidade de São Paulo chegou a ser superior a 1.300, de acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo.


O livro está disponível aqui na Banca.


_Permacultura Passo a Passo, de Rosemary Morrow Editora +Calango

por Carolina Rolim


O livro escolhido dentro desse tema “Casa” foi primeiro que li sobre o assunto “permacultura”. Você sabe o que é? Já ouviu falar?

Permacultura é uma ciência do design ecológico e planejamento de sistemas, tendo como base 3 pilares: cuidar da terra, cuidar das pessoas e compartilhar os excedentes. Apesar de ser praticada há milênios, principalmente por culturas indígenas, a permacultura foi democratizada pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren.


Meu primeiro contato com as técnicas de permacultura se deram quando morei numa zona rural da Bahia, o Vale do Capão. Lá, observava a forma como as pessoas cuidavam da casa e do entorno, dando atenção desde a aspectos harmônicos e belos até a observação das saídas de água, reutilização, sol/sombra, diferentes tipos de banheiro etc.


O livro “Permacultura passo a passo” foi escrito pela Rosemary Morrow, australiana que, nos agradecimentos da publicação diz: “A todos os agricultores familiares e jardineiros no Vietnã, Índia, Indonésia, Cambódia, Albânia, Afeganistão e da minha própria bioregião, que começaram a Permacultura sem nunca tê-la visto ‘em carne e osso’”. Rosemary também foi documentada no filme Jardim no Fim do Mundo. Realizado no Afeganistão no ano de 2010, por Gary Caganoff, o documentário retrata a vida das vítimas da invasão estadunidense no país. O enredo gira em torno de duas mulheres australianas, a ativista Mahboba Rawi e a permacultora Rosemary Morrow, que buscam alternativas sustentáveis e pacíficas para reconstruir o país socialmente pela primeira vez.


O livro é uma guia prático, menos teórico, dividido em 5 partes e vários capítulos. Ao final de cada um deles, a autora sugere exercícios práticos que vão desde relatos de observação do seu terreno, casa, entorno, observação de padrões, das estações, até um capítulo completo sobre a casa, reforçando que sempre é tempo de começar; e se você está achando isso impossível, na lista de problemas/sugestões sobre a casa, tem um item PRODUTOS DE LIMPEZA, que ela sugere que sejam substituídos por: sabão puro, álcool, bicarbonato de sódio, vinagre, e “faça seu próprio detergente”.


“Se você é um iniciante, estará apto a transformar sua terra. (…) Não importa se você vive em um pequeno apartamento com uma pequena janela, numa casa com jardim nos subúrbios ou em uma fazenda no campo. Você encontrará os mesmos princípios para estabelecer um modo de vida mais sustentável.” (Rosemary Morrow)

2_Biografia


_Afonso Pimenta

por Mayara Maluceli


Afonso Pimenta é mineiro e fotografou o Aglomerado da Serra, uma das maiores favelas do país, em Belo Horizonte, capturando o cotidiano de seus vizinhos, desde festas até os bailes blacks. Ainda trabalha na comunidade, registrando festas, realizando foto-pinturas, dando aula de artes marciais e massagens.


Em 1963, Afonso trocou a diminuta São Pedro do Suaçuí, no interior mineiro, pela cidade grande. Os pais, agricultores, criavam, além dos 16 filhos biológicos, outras quatro crianças órfãs. “Como tinha muita gente em casa, minha mãe pediu para a minha madrinha, que morava no Aglomerado da Serra, ficar comigo.”


Um do primeiros contatos com a fotografia foi na adolescência, quando um dos colegas da escola mostrou o funcionamento de uma Kodak Instamatic.


Aos 14 anos de idade, foi retratado pela primeira vez quando preparava documentos para conseguir emprego na prefeitura. Foi uma vizinha que o indicou para trabalhar como assistente de João Mendes, dono do estúdio Foto Mendes. Lá, ele trabalhou revelando 3x4 e fazendo fotos de festas nos arredores de Bêagá.


Na década de 1970, ele trabalhou também em obras, o que o permitiu viajar pelo Brasil. Ele também conheceu o mundo por causa dessas obras e por consequência da prática de caratê.


Embora muito aprazível, a vida da estrada cansava, e por vezes, retornava a Belo Horizonte. No início dos anos 1980, Misael Avelino, um dos criadores da Rádio Favela, convidou Afonso para registrar um baile black. Os bailes black faziam um sucesso nas periferias da cidade. Mas, por causa da aglomeração de jovens, a repressão policial fez com que as festas se tornassem perigosas de frequentar.


Foram por causa desses bailes que Afonso começou a fotografar momentos domésticos. Era durante esses eventos que ele “angariava” possíveis clientes.


Então, durante o fim de semana, Afonso colocava a 35mm no pescoço e saía pela ruas do Aglomerado como uma grande celebridade. Todos o conheciam e muitos queriam uma registro. Segundo depoimentos, as pessoas ficavam arrumadas em casa esperando o fotógrafo passar.


Tudo era motivo para posar para um foto: roupa nova, nascimentos, batizados, a compra de um aparelho televisivo. A grande intenção era mostrar para os parentes do interior como a vida na cidade grande era luxuosa. Muito dedicado e detalhista, Afonso fazia o enquadramento perfeito, colocando a pessoa retratada dividindo cena com bens de consumo.


“Toda vida vi a fotografia como um mistério. Uma mística de captar uma sombra através de um orifício de uma máquina fotográfica depois jogar em um tamanho maior e ficar satisfeito com o resultado”.

“A fotografia vai tomando forma, tonalidade e expressão. É o registro de um momento, de quando você tem o intuito de fazer uma coisa bem feita”.

Ganhou notoriedade nacional com o projeto “Retratista do Morro” de Guilherme Cunha que teve o intuito de preservar a memória do Aglomerado da Serra a partir dos registros de Afonso Pimenta e João Mendes. Registros do cotidiano das pessoas por mais de 50 anos.


_Priscilla Buhr

por Carolina Rolim


Para começar a falar sobre a fotógrafa pernambucana Priscilla Buhr, quero usar o início da sua autobiografia, publicada nas suas redes sociais e site: “Fotógrafa, aquariana, feminista anti-racista e mãe de Artur. Não necessariamente nessa desordem.”


Desde 2005, Priscilla trabalha com fotografia e realiza projetos relacionados a narrativas visuais, motivadas pela compreensão e reconstrução do passado, e por trajetos emocionais da mulher.


Nessa quarentena, tenho acompanhado o trabalho da Priscilla em postagens no instagram (@priscillabuhr): uma série de fotografias do seu íntimo, ainda que de forma nada invasiva a si mesma. São recortes da vida que acontece dentro de sua casa. E Priscilla tem um jeito tão formoso de narrar o cotidiano, e também se permite fazer as pausas necessárias para publicar seu “diário”.


Esse trabalho me fez pensar logo em apresentá-la aqui na biografia e, revisitando seu site, revi o trabalho “Ausländer”, com o qual ela ganhou o Prêmio Brasil de Fotografia em 2013, e resulta da busca da fotógrafa pela origem do avô alemão, num reencontro imaginário.


“Ausländer”, em alemão, significa estrangeiro. Numa viagem a Alemanha, em 2011, Priscilla encontra a casa onde o avô Josef Buhr nasceu, no vilarejo Nannhausen.

“Um encontro de poucas palavras, de uma troca de olhares tímidos e um sentimento indescritível de se sentir no eixo, no princípio. Porém, como poderia fotografar algo que ali não existia mais? Onde estava a presença do meu avô, além de no meu imaginário? Ali não existiam as minhas memórias e sim, as dele. Coincidentemente ou não, perdi todas as fotografias do cartão de memória. E me vi vazia, mais uma vez.”


Inspirada novamente por um trecho do livro “As cidades invisíveis”, de Ítalo Calvino, ela decide reiniciar sua prática fotográfica construindo imagens que identificam o desconhecido, como se ela pudesse mostrar para o avô como via e sentia sua terra natal.

Um ano após voltar da viagem à Alemanha, Priscilla quis fotografar a casa onde o avô morou em Recife:


“Um lugar em que também vivi grande parte da minha infância, mas que me desperta a dúvida se as lembranças que tenho dos momentos que vivi ali são reais ou imaginárias. De alguma forma essa ausência me deu a possibilidade de me reencontrar com o meu avô e ainda que, no meu imaginário, pude lhe mostrar essas fotografias que criei sobre a sua ausência em mim.”

As fotos deste ensaio (e de outros), estão no site da fotógrafa, além de textos descritivos sobre os trabalhos, que merecem demais a visita.


3_Entrevista


com Fernanda Lima

da @casahistoriaseafeto


@abancavermelha

Fer, a gente pede pra você se apresentar, comentar sobre seu trabalho atual e falar um pouco de como está vivendo essa quarentena, se tem algo que quer destacar.


@casahistoriaseafeto

Sou Fernanda Lima e criadora do Casa, Histórias e Afetos (CHA), que é uma facilitação em decoração possível e acessível para mulheres, que em diversos jeitos estão preocupadas em ter um ambiente mais preparado, mais harmonioso, com mais aconchego e com beleza - nas múltiplas possibilidades de ser.


Assim, existe um olhar para a cultura material com bastante afeto com consciência e responsabilidade.

A casa expressa muitas coisas: identidade, nossas memórias, relações familiares, ancestralidade, relações de gênero, de reprodução, do ser político - sobre nossas escolhas. Então, a casa tem todos esses elementos juntos e misturados. E são eles que chegam em nossa memória, seja como for essa casa, seja como for essa mulher.


Todas essas questões são de uma relação. Quando a gente fala de um ambiente material, a gente sempre fala de uma relação.


É impossível negar a materialidade, o ser humano criou ferramentas, mas precisamos pensar em como dar o valor para essa materialidade. Quando a gente fala da casa, ela fala de uma necessidade nossa de segurança, abrigo, aconchego.


CHA quer oferecer para a mulher um olhar atento para isso. Essa casa são várias casas: é a casa EU, a casa o OUTRO e a casa o MUNDO. A gente não consegue falar dessa casa material, sem falar das outras casas, elas estão sempre em conexão. Aqui a gente também fala da nossa responsabilidade, dos usos, do nosso consumo, do que a gente precisa ter para as nossas necessidades básicas e como a gente se relaciona com tudo isso.

Então, o CHA proporciona esse olhar para o cuidar e para a conexão ao que faz bem.


@abancavermelha

Você fez uma segunda faculdade, de Sociologia e Política. Seu trabalho de conclusão foi sobre as relações com objetos e teve como loca de pesquisa o Vale do Capão, onde eu morava na época. Como esse trabalho se transformou no Casa, histórias e afeto?


@casahistoriaseafeto

No momento de produção do trabalho de conclusão de curso em Sociologia e Política, eu estava tentando olhar para aquele processo de encontrar um objeto, temática, assunto para trabalhar, e essa relação com objetos e casa, ou modos de como as pessoas vivem as suas casas, isso sempre me chamou atenção. Como fala das relações, das necessidades de um ou de outro. Eu tinha c curiosidade de entender como as pessoas vivem dentro das suas casas.


Quando estive no Vale do Capão, numa comunidade da Chapada Diamantina (BA), a relação daquelas pessoas me chamou atenção. É um local que existem diversas pessoas que são nativas e é um lugar que acolheu pessoas de outros lugares que buscavam um outro modo de vida - que passaram a ser chamados de alternativos. Essa pessoas chegaram lá em busca de nova relaçao com a natureza, novos contatos, viver com menos.


Eu não sei se CHA é uma continuidade. Mas é um trabalho que mostra a potencialidade de olhar para as relações. Estamos sempre em relação. Um objeto não existe sozinho, ele existe porque uma pessoa construiu, criou, uma pessoa colocou seu trabalho. Existe uma série de processos na produção de um objeto, e nós estamos sempre em relação com ele.


Na Chapada eu consegui vislumbrar essa relação das pessoas com os objetos. Mesmo os “alternativos” tinham uma relação com a materialidade, mas de diversas outras maneiras.

Uma outra questão que vem muito de lá é de falar de necessidade. O que é necessário para um às vezes não é para o outro.

A partir das necessidades individuais a gente entende esse lugar mais aconchegante, mais harmonioso de mais bem-estar.


@abancavermelha

Fer, dentro dos processos de acompanhar histórias das casas, o que seria “bagunça”? As pessoas costumam identificar a bagunça? Por que a gente insiste em dizer isso: “não repara a bagunça?


@casahistoriaseafeto

Quando eu vi o título da “bagunça”, eu fui buscar significados. No dicionário, uma das explicações é “falta de ordem”. Mas quando uma criança fala ”agora é hora da bagunça”, ela se refere a um momento encantador de brincadeira, em que os adultos, às vezes, não estão perto. Então, a gente pode olhar para a palavra bagunça por uma outra perspectiva. Acho que a expressão de “falta de ordem” é um pouco dura.


Também, achei umas plaquinhas que são vendidas para colocar na casa e diziam: “desculpe a bagunça, aqui se vive”. Achei muito interessante, porque eu acredito que as coisas não podem ser tão quadradas a ponto de impossibilitar de usar, de vivê-las e acessá-las.


Quando alguém fala “desculpa a bagunça” para a visita que chega, o que cabe a gente observar é entender o que falo de mim quando falo isso para a outra pessoa. Alguém que chega na minha casa, não vai necessariamente reparar na desordem, mas sim vir ao meu encontro, passar um tempo comigo.


Essa bagunça, inclusive, pode comunicar coisas sobre você: eu tô cansada, tô trabalhando demais, não tô dando conta de tudo; a necessidade de sentir aceita, de receber elogios.


Vamos lembrar que essa visita vai embora, e a bagunça fica. A questão é: como está essa relação da bagunça no meu dia a dia? A casa está bagunçada a ponto de eu não conseguir vivenciar meu dia com prazer? Eu consigo acessar as minhas coisas? Eu consigo identificar o que eu tenho? De que forma isso afeta meu humor?


Quando a gente organiza os espaços, as coisas começam a ter relação com lugares onde moram. As coisas começam a ser acessíveis e podem ser usadas e depois devolvidas para a sua “morada”.


Organização é um processo, é uma mudança de hábito. É preciso querer isso. Não adianta eu olhar para a casa de uma pessoa e dizer que está tudo bagunçado. Essa fala pode trazer sentimentos ruins e, mais, dificulta a internalizar a ideia da organização para pessoa.


Ainda que a casa seja um espelho, a casa desorganizada não necessariamente reflete exatamente a pessoa. Às vezes mostra a situação na qual a pessoa se encontra, por exemplo: uma mãe que acabou de ter seu filho.


A bagunça dá pistas sobre aquele local e sobre aquela pessoa. A gente consegue criar métodos para organizar essa bagunça, de repente ter uma caixinha para recolher objetos diversos, um espaço para depositar coisas efêmeras de chegada/partida no ambiente.


Em qualquer dessas situações que eu falei sobre as relações da casa e entre as pessoas da casa, a gente fala de uma pausa, de um olhar atento e de um cuidar. A casa tem várias camadas que podem ser acessadas e dizem sobre mim, para acessar essas camadas é preciso cuidar disso.


A casa é um lugar de passagem quando a gente dá mais importância ao trabalho. Nesse momento de estar mais em casa, está na hora de refletir como agora a gente olha para essa casa para depois?

Esse cuidar requer presença e ação.


@abancavermelha

Esses dias aprendi que a questão de mudar móveis e objetos de lugar na casa nos ensina muito sobre flexibilidade. E o contrário, não fazer, nos mantém numa posição muito rígida. Como conciliar essa harmonia numa casa quando moramos com mais de uma pessoa?


@casahistoriaseafeto

Isso que você comentou sobre a flexibilidade e rigidez, de fato a casa é esse espelho das relações. Por exemplo, quando você tem esse olhar sobre esse móvel que é melhor não sair, como se dá a sua relação com os outros? Se a mudança é feita com outra pessoa, tem que ser dialogada, se não vira uma confusão enorme.


O que é fundamental em uma casa que mora mais de uma pessoa é estabelecer uma relação de comunicação, que precisa ter um cuidado na forma de como a gente se expressa. Aqui eu vou trazer a referência da Comunicação Não Violenta. Precisamos pensar na escuta, como premissa na relação entre as pessoas que convivem.


A gente fala muito da relação com as crianças sobre combinados, mas acho que também é bom entre adultos, para que as coisas não-resolvidas se acumulem.

A casa é uma corresponsabilidade de todos que vivem nela, mas sempre olhando para a necessidade de cada um.


Ainda vivemos em uma sociedade machista, em que as mulheres são as cuidadoras da casa. E ainda temos uma herança escravagista, porque a gente atribui a responsabilidade de cuidar da casa como algo menos importante.


Precisamos lembrar que cuidar de uma coisa dentro de casa trará benefícios para todos, bem-estar para todas as pessoas que coabitam.


Só vai fazer sentido e funcionar uma casa se todas as pessoas se envolverem nesse processo de organização, sempre olhando para as necessidades de cada um.


@abancavermelha

Pra encerrar, gostaríamos que você comentasse alguma(s) referência(s) que te inspira na arte, na sociologia, na educação, enfim...


@casahistoriaseafeto

Esse olhar todo que eu tenho tido, ter começado esse novo processo com o CHA, traz esse muitos modos de ser. Uma das coisas que estou vendo como fundamental é pensar na relação da Comunicação Não Violenta - ainda estou conhecendo e começando. Quero trazer um trecho do livro do Marshall Rosenberg que fala sobre CNV, porque olhar para a casa só é possível se olharmos para dentro:


“Habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas, é uma maneira como nos expressamos e como ouvimos o outro”


E, na minha realidade da quarentena, não estou conseguindo ler tantos livros rs. E tem um livro que é o “Conceitos fundamentais dos pensamentos feministas”, com organização da Heloisa Buarque de Holanda. Ainda não consegui ler, mas continua na pauta. O bacana é que traz várias autoras para falar sobre o feminismo. Talvez nesse momento em que a gente esteja buscando novas referências para além da nossa formação esse livro seja interessante.


 

No Spotify, criamos a playlist da Banca Vermelha. Para cada live, selecionamos algumas músicas que se relacionam com o tema. <3



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