Primeiras coisas a se dizer no dia do lançamento
Atualizado: 6 de jul. de 2020

Linha vermelha
Imaginem vocês que todo o fio que conduz essa ideia da Banca Vermelha estava enrolado num novelo e, desde março de 2019, estamos a soltar suas voltas. Nesse momento em que no mundo enfrentamos uma pandemia, nosso fio vem se desenrolando pouco a pouco. Antes, nossa força estava na organização do espaço físico da Banca, que agora está à espera do que ainda não sabemos como vai ser. Agora mesmo o que temos é essa possibilidade de expor, compartilhar e contribuir com outres artistas, através desse espaço virtual, para que consigam sustentar suas ideias e sejam reconhecides por elas.
Como colaborar em tempos de pandemia?
Além de artistas, na loja da Banca Vermelha temos à venda (download PDF) o zine bilíngue “Un violador en tu caminho/Um estuprador em seu caminho”. Essa versão online é uma campanha que o +UM Coletivo elaborou para contribuir com a ONG Mulheres da LUZ, fundada por Cleone Santos, presidente da instituição, que há 18 anos deixou o trabalho como prostituta. Todo o valor arrecadado na venda do zine (para download PDF) será revertido para a instituição.
A ONG Mulheres da Luz busca promover a cidadania e a garantia de direitos humanos das mulheres em situação de prostituição do Parque da Luz e entornos.
O zine “Un violador en tu caminho/Um estuprador em seu caminho” traz em ilustrações a coreografia realizada na performance das chilenas Colectivo Las Tesis. Alvirrubra, a publicação traduz para o português o manifesto.
“Se eu não puder dançar, não é a minha revolução” Essas são palavras da anarquista Emma Goldman que dizem muito sobre essa jornada e sobre nossos corpos no mundo. Entre a necessidade de movimento e calmaria, juntamos umas músicas numa playlist e cá estamos, encerrando esse texto ouvindo uma pequena trilha sonora para capítulos inesquecíveis desse projeto: as ideias, os perrengues, como isso tudo está se desdobrando, quantas voltas a vida dá.
E aproveitando o fôlego e o gole na cachaça, um texto sobre Emma Goldman (e a revista anarquista mensal “Mother Earth”, que ela publicou por 9 anos) vem sendo preparado.
Por ora, se quiserem curtir nosso bailinho, a playlist tá rolando.
Com carinho e sororidade,
Carol e May.